segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Criança de pé no chão

As vezes sinto o vento com gosto de solidão...quando na noite o vento bate em minha face...

cheio de saudade dum lugar que deixei na infância...minha terra...

meu lugar...em raiz fui arrancada...

e lá queria estar...viver correndo mata...descalça e distraída com galhos secos a brincar...

crianças hoje vejo de pés no chão...não por ta na mata...ou em meio a terrinha onde nasci...

mas as crianças de que eu falo não tem mata...não tem distração...

no meio de mundão...muita gente sem coração...sem oração...

criança de pé no chão...cadê seu pai cadê sua mãe...

não tem, nasceu do chão?...

criança que vive a solidão...

enquanto eu as vezes...

sinto o vento...

ela mora ao vento...

meu gosto de solidão...é a vida da criança de pé no chão.

Por: Renata Cristina Ribeiro

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A que me encontro...

Andar por entre as matas...calçadas...asfaltadas. Deveria eu me situar...entender a que estou e para onde vou. Por causa da lentidão e solidão não sei, mas entenderei um dia, espero. Esperar ter esperança de um dia encontrar quem sou...ou que és. Se sou eu ou sou o outro, os outros. Vivo em função de mim...do meu eu...ou do que tu vê. Olhar é simples, absorver, sentir muito difícil ou impossível ao olhos da correria, já não ando mais...corro...veloz...tão e de tão não alcanço a que vim...e quem sou. E será que sou?